
MASP
O MASP (Museu de Arte de São Paulo) é um símbolo mundial de inovação da construção civil que se encontra na Avenida Paulista, 1578. É um projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi que teve sua concepção estrutural garantida pelo engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz, professor da Escola Politécnica e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Ferraz criou um sistema de protensão que pudesse dar vida ao atual vão livre do MASP. Esse sistema consiste na união de quatro vigas de concreto protendido, sendo duas principais – responsáveis pelo suporte da cobertura – e duas internas – que suportam os dois andares do edifício.
A concretização do projeto de Bo Bardi demorou 10 anos, sendo reservadas várias semanas apenas para a protensão da estrutura horizontal. Com ela, houve um aumento da resistência do concreto, ou seja, todos os dias aumentava-se a tensão nos cabos de aço das vigas, até que a cura do concreto pudesse ser feita. Resultou-se, portanto, uma estrutura muito firme de concreto armado.
Essa técnica já era conhecida anteriormente. Ela permite vãos maiores e menos pilares no edifício, mas pela primeira vez ela foi utilizada para um projeto tão audacioso para seu tempo. Fez-se, em 1968, uma obra com 8 metros de pé direito no térreo e 74 metros de distância entre pilares, o maior vão livre do mundo - grande expoente da engenharia presente no MASP - à época.
Aqui, a arquitetura – ao transcender os conceitos e padrões tradicionais de seu período – impulsionou e complementou a engenharia civil. A aliança entre trabalhos arquitetônico e de engenharia muito bem executados, fez com que o próprio edifício que comporta um museu, seja uma obra de arte.
A edificação foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2003 e pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado).